9.12.11

Minha guirlanda chitalícia para o Natal

O que acontece quando você senta para ver a reprise de “Revenge” com um copo de coca zero na mão, tesoura, 2 metros de chita e um cabide velho?

Sim, prometi que esse ano faria minha própria guirlanda para o Natal e, corram para as montanhas, eu realmente fiz minha própria guirlanda! Sem usar pistola de cola quente!

Não vou escrever um passo-a-passo porque... sério, não precisa de passo-a-passo. Mesmo.

À la Sol LeWitt, as instruções seriam assim:

“Nós de chita, estampas intercaladas, densidade máxima.”

Porque é isso mesmo e é muito simples de fazer... Basta cortar a chita em tiras (não precisam ser todas do mesmo comprimento e/ou largura, você vai podar o excesso depois, faça as tiras como quiser), entortar o cabide velho em forma de círculo (ou poupe seus braços e faça uma forma redonda com arame de florista), amarrar o tecido, aparar as bordinhas pro acabamento ficar mimoso e continuar até cobrir o cabide véio.

Usei dois retalhões bem grandes de duas chitas diferentes que estavam dando sopa por aqui.

Às vezes eu virava a guirlanda para dar um nó extra atrás. Às vezes fazia um nó na frente, virava, nó atrás, virava, nó na frente de volta. Só porque o caos é bemvindo nesse tipo de coisa.

É para ficar perfeitamente imperfeito. Ou imperfeitamente perfeito. Deixe desfiar - larga essa tesoura de picote! - e não ligue se o nó está com mais avesso do que direito. A vida é curta e o caos é orgânico.

O mais importante pra esse projeto funcionar esteticamente é o binômio estampa + densidade. Não tem nada a ver com lacinhos fofinhos. Você tem que alcançar a maior densidade possível, usar uma estampa grande e colorida e conseguir um volume, digamos, desgrenhadamente-quase-floral.

Porque se eu for depender da minha capacidade de produzir simetrias pra um trabalho manual dar certo, pobre de mim, vou passar a vida inteira tentando e falhando. Textura e bagunça? É comigo mesmo!

Conselho pra quem for usar o cabide de base: se você for fracote(a) como eu, vai precisar de um ser humano mais fortón (olá, Namorido, brigada) com um alicate pra cortar a cabeça do cabide e fazer um acabamento juntando as extremidades. Se você carrega bebês pra lá e pra cá sem nem sentir e/ou sua carteira nacional de habilitação é categoria C, basta o alicate.

Fiz em algumas horas mas não recomendo confeccioná-la de um fôlego só. É cansativo e tedioso. O ideal é trabalhar com quartos. Um quarto por dia.

No início, quando andava só com 25% do trabalho feito, estava feliz da vida e super animada. Pelo fim, quando estava acabando, já não aguentava mais dar nós e queria maldizer essa guirlanda até o fim dos tempos.

Ah, Joan Crawford morreria de orgulho de mim... Mais um cabide de arame que não voltará aos armários do mundo!

2 comentários:

mari disse...

Muito linda, um chuchu, mas realmente... que trabalhão!

Patrícia disse...

Hahaha, naaaada! Só cansei no fim. Pô, é higiene mental.

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